O Apelo ao Impacto para Centrar Equidade e Inclusão visa promover a participação ativa de mulheres e grupos marginalizados nas políticas e estratégias de transporte sustentável.

A Estratégia Nacional para a Mobilidade Ativa subscreveu o Apelo ao Impacto para Centrar Equidade e Inclusão, que visa promover a participação ativa de mulheres e grupos marginalizados nas políticas e estratégias de transporte sustentável que serão implementadas durante a Década das Nações Unidas para o Transporte Sustentável. Este apelo destaca a importância de integrar a justiça social e a inclusão como pilares essenciais para a construção de sistemas de mobilidade mais equitativos e acessíveis.

A Década das Nações Unidas para o Transporte Sustentável é uma iniciativa global das Nações Unidas, com o objetivo de transformar o setor do transporte ambientalmente sustentável, socialmente justo e economicamente eficiente. Esta Década pretende ainda contribuir para a concretização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, promovendo sistemas de mobilidade mais inclusivos e resilientes.

O Apelo ao Impacto delineia dez objetivos estratégicos para criar sistemas de transporte que funcionem para todos, independentemente do género, idade, capacidade ou condição social:

1. Institucionalizar a equidade de género, mandatar a integração de género em toda a governança e formação profissional no setor dos transportes.
2. Garantir acesso equitativo e acessível ao transporte, especialmente em áreas de baixo rendimento ou baixa densidade.
3. Reconhecer a mobilidade do cuidado, promovendo infraestrutura de cuidado e mobilidade inclusiva para todos.
4. Garantir a segurança no transporte, reconhecendo a segurança como um direito fundamental e implementando políticas que combatam a discriminação baseada no género.
5. Promover empregos justos e dignos para os trabalhadores dos transportes, com salários justos e condições de trabalho adequadas.
6. Construir sistemas de transporte resilientes às alterações climáticas, protegendo os utilizadores que dependem do transporte público.
7. Promover a liderança feminina e a tomada de decisões no setor de transporte.
8. Utilizar a digitalização e dados desagregados por género para apoiar o planeamento do transporte inclusivo, baseado em evidências.
9. Envolver vozes marginalizadas em todas as fases do planeamento, implementação e avaliação de projetos de mobilidade.
10. Assegurar financiamento dedicado a programas de transporte que promovam a igualdade de género e a inclusão social.

Para alcançar um transporte verdadeiramente sustentável, é imprescindível que a mobilidade ativa seja inclusiva, equitativa e focada nas necessidades de todos os cidadãos. A ENMA reafirma o seu compromisso com a mobilidade inclusiva e com a construção de um futuro onde o transporte não só atenda às necessidades ambientais, mas também às sociais, promovendo justiça e equidade para todos, com dignidade e segurança.