O que necessitamos para Portugal ser, em 2030, um território onde a bicicleta esteja cada vez mais presente.
Utilização da bicicleta
Segundo os dados dos Censos de 2021 do Instituto Nacional de Estatística, mais de metade da população empregada (72,6%) usa o automóvel ligeiro para se deslocar. Ir a pé para o trabalho é cada vez menos frequente, sendo a escolha de 12,7% dos portugueses. Os transportes coletivos seguem a mesma tendência – a utilização de comboio, autocarro, metro ou barco passou de 15,6% para 12,2% numa década. A bicicleta conta apenas com 0,6%.
Porquê uma estratégia nacional?
De acordo com a Estratégia Nacional para a Mobilidade Ativa Ciclável, «Portugal deve tornar-se um país no qual a deslocação individual em modos ativos representa uma experiência segura, acessível e atrativa para todos, o que apenas será possível através de uma abordagem integrada, transversal e plural, centrada nas pessoas.»
A estratégia pretende:
- Uma contextualização e um enquadramento claros, demonstrando a vontade e compromisso político para o desenvolvimento do transporte ativo;
- A facilitação da adoção, ao nível nacional, de novas medidas legislativas;
- Uma visão global e estratégia comum, garantindo as melhores condições para a coordenação de políticas, objetivos, metas e ações para a mobilidade ativa ao nível vertical (local/regional/nacional) e horizontal (nas áreas dos transportes, saúde, educação, ambiente, economia ou outras);
- O reforço de competências dos intervenientes a diferentes níveis, promovendo um intercâmbio de conhecimentos e boas práticas;
- A facilitação do acesso a financiamento de projetos e garantia de dotação orçamental adequada;
- Promover novas ofertas turísticas associadas ao uso da bicicleta, ao longo de todo o ano e em todo o território nacional;
- O combate ao sedentarismo e à inatividade física com uma abordagem integrada que garanta o acesso universal ao meio envolvente, de forma autónoma e segura.
Dimensões da Estratégia
A Estratégia Nacional para a Mobilidade Ativa Ciclável encontra-se organizada em torno de seis dimensões estratégicas:
- Enquadramento e Legislação
- Investigação e Desenvolvimento
- Eixo de intervenção 1: Infraestruturas e Intermodalidade
- Eixo de intervenção 2: Capacitação e Apoio
- Eixo de intervenção 3: Cultura e Comportamentos
- Monitorização e Avaliação